quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Em entrevista, Alvaro Dias rebate declaração de Marcelo Tas, do CQC

Após parecer da Procuradoria-Geral do Paraná para que a aposentadoria vitalícia do ex-governador e senador Alvaro Dias fosse cancelada, ele concedeu entrevista para uma rádio de Curitiba e comentou, dentre outros assuntos, sobre o motivo pelo qual gostaria de doar a aposentadoria para entidades carentes e também sobre toda esta polêmica envolvendo o seu nome.

Em resposta à declaração do apresentador do programa Custe o Que Custar (CQC), da Band, Marcelo Tas, que se mostrou contrário a a atitude do senador em querer doar a aposentadoria, Dias contestou dizendo que, no Brasil, "querem acabar com a benemerência" e não com os ladrões e corruptos.

Tas escreveu em seu Twitter: "Alo senador Álvaro Dias, vossa excelência NÃO está autorizada a fazer caridade com o MEU dinheiro. Obrigado".

Ainda de acordo com o senador paranaense, ele requereu a aposentadoria retroativa para fazer as doações a entidades carentes, já que, desde 2007, vinha recebendo sugestões, pedidos e até apelos para que isso ocorresse.

Dias afirma que, como é de seu direito o dinheiro da aposentadoria, teria doado, sem alarde e sem "fazer estardarlhaços", algo em em torno de R$ 6.400 milhões para os cofres do Governo do Paraná.

O senador também afirma que é o único ex-governador do Paraná que não recebia a aposentadoria vitalícia e que, na época do seu governo, na década de 80, tentou extinguir essa lei, sem sucesso.

Não vai contestar decisão judicial

A argumentação da Procuradoria-Geral para cancelar a aposentadoria de Alvaro Dias se dá pelo fato de que o pedido fora feito fora do prazo legal de cinco anos de término do cargo, encerrado em março de 1996.

A procuradoria também deu parecer contrário ao pedido de retroatividade considerando violação à Lei de Responsabilidade Fiscal que veda concessão de benefícios caso não haja recursos orçamentários previstos e não permite que atos dessa natureza sejam efetivados 180 dias antes do término de um mandato.

Em seu blog em Odiario.com, o senador afirmou que não discutirá e nem recorrerá da decisão judicial, pois disse não se tratar de um assunto pessoal. "Se as entidades que seriam beneficiadas com as doações desejarem demandar, não colocarei obstáculos. De minha parte o assunto se esgota aqui", escreveu Dias.

Fonte: O Diário de Maringá

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