sexta-feira, 30 de março de 2012

AL: deputado que disse comprar votos ao 'CQC' quer deixar política

Após confessar que comprava votos ao programa Custe o Que Custar (CQC), da TV Bandeirantes, o deputado estadual de Alagoas Temóteo Correia (DEM) atacou a imprensa nesta quinta-feira, em sessão na Assembleia Legislativa, e disse que não aguenta mais a vida pública: é o seu último mandato como parlamentar.

"Depois de 22 anos na política, não quero mais saber dela. E já avisei lá em casa: ninguém se candidata a mais nada, nem a inspetor de quarteirão", disse Correia, que terá de dar explicações ao Ministério Público Eleitoral, que abriu investigação contra o deputado.

"Fui submetido a humilhação por um programa humorístico conhecido por falar galhofas e fazer escárnios com a classe política, o CQC. Falei mais de 40 minutos com ele e, maldosamente, só foi colocado menos de um minuto das minhas respostas. Ora, para perguntas imbecis, respostas imbecis. Eu respondi de forma idiota a provocação porque, entrei no clima dela e, confesso, usei palavras inadequadas que acabaram sendo amplamente exploradas pela mídia contra mim", contou o parlamentar. Além de falar em compra de votos, o deputado disse que não "beijava cabeça 'feridenta' de criança" durante a campanha.

"Foi uma crítica lamentável, não só contra a minha pessoa, mas contra o nosso Estado. O tempo inteiro, o repórter só me perguntava sobre três assuntos, querendo me acusar de ter roubado dinheiro e comprado votos e, ao mesmo tempo, denegrindo os políticos daqui. Entretanto, quero dizer que, com todo respeito à mãe do Ronald Rios, caso os políticos alagoanos tivessem nascido do ventre da mãe dele, aí sim, todos seriam ladrões. Seria uma grave anomalia genética se isso não acontecesse", avaliou.

"O trato com a Assembleia tem sido injusto e, como eu não me calo, nem a imprensa simpatiza comigo - e nem eu com ela -, nesse episódio fui tratado com deboches e zombarias que aquela malandragem colocou. Mas os jornalistas fizeram as matérias como se fossem exemplo, como se estivessem acima do bem e do mal, como se fossem deuses. O que eles fizeram, foi sim, uma verdadeira excrescência, uma indignidade", concluiu o parlamentar.

Fonte: Terra

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