segunda-feira, 9 de março de 2015

De palhaço de circo a novo repórter do "CQC": conheça Erick Krominski


Ele já trabalhou como palhaço de festa de criança, fez peças de teatro, teve agência de publicidade, atuou em dezenas de comerciais, criou canais na internet e agora encara o maior desafio de sua carreira: ser um CQC. Com quase 30 anos, que completa em abril, Erick Krominski passou de cara, logo no primeiro teste que fez para tentar vaga como repórter da oitava temporada do programa da Band. E ainda foi elogiado pelo novo apresentador principal da atração, Dan Stulbach.

“Na verdade eu vi que estava tendo essa renovação da bancada e no mesmo dia mandei e-mail para o meu agente. Ele entrou em contato com a produção, marcaram meu teste para o dia seguinte e eu passei. É um desafio totalmente novo para mim. Nunca havia pensado em trabalhar no 'CQC' até saber que estavam procurando pessoas para a nova temporada.“

Mas o que aconteceu de tão interessante neste teste para conquistar de cara a produção do “CQC”? “Foi um teste falando sobre política, que é um assunto que eu gosto bastante. Eu tinha que falar com um deputado envolvido em um escândalo específico. E ele mentiu para mim, dizendo que não era o deputado. Mas eu tinha decorado a cara de todos os envolvidos, né? Aí falei: ‘Deputado, eu te conheço, eu sou seu fã’. Aí acompanhei ele, apanhei de segurança...”

Mas o melhor ficou para o fim. “No final conversei com a deputada Mara Gabrilli, acabou rolando um clima com ela e até rolou um selinho. Foi divertido demais. O dia do teste foi quando eu falei: ‘Porra, eu quero mesmo fazer esse negócio’. Antes eu não tinha muita certeza.”
Não tinha certeza, nem achava que poderia ser escolhido. “Eu realmente não esperava muito porque eu sei que muita gente conhecida, e eu não tenho um nome muito grande, aliás não tenho nome nenhum, tinha muita gente conhecida sendo cotada e fui e fiz (o teste) de maneira despretensiosa."

Internet
O principal background do novo repórter da atração, que estudou apenas até a sétima série e não fez nenhuma faculdade, além de ser dono de uma charmosa e bem cuidada barba ruiva e de um sorriso encantador, é a internet. Depois dos trabalhos como palhaço de circo etc, etc, ele descobriu o que viria a ser sua mina de ouro.

“Em 2011 criei um perfil no Twitter para falar mal das celebridades. Aí na época fui processado, aconteceram várias coisas e eu entendi como era a coisa de entretenimento na internet. Comecei a ganhar dinheiro com isso. Depois criei um perfil chamado Rádio Vanusa, em que eu só pegava os trechos das músicas e tuitava.”

O maior acerto foi a criação do site Muito Interessante que acabou se transformando em uma empresa. Erick recebeu investimentos, ganhou uma graninha e hoje em dia já deixou a empresa.

Medo da TV
“O CQC está sendo uma volta dessa coisa de mostrar a cara”, diz ele, que já teve a oportunidade de trabalhar como ator na TV, mas preferiu não arriscar. “Sempre tive muito medo de televisão. Já tive algumas oportunidades de fazer testes para novela, mas sempre tive muito medo da imprensa. Não me sentia muito seguro. Hoje, se você me falar que existe uma oportunidade de eu fazer uma novela, eu acho que não (faria). Estou bem entusiasmado com o 'CQC', estou feliz para ca.....”

Paralelamente ao trabalho no “CQC”, Erick vai continuar com projetos na internet. “Eles me deram liberdade para continuar com os meus canais na internet, algo que para mim sempre foi muito importante. Porque a internet é a minha casa na comunicação. É onde eu sei, é onde eu conheço as pessoas, é onde elas conversam comigo de uma forma mais estreita. Então essa minha liberdade na relação com a Bandeirantes está bem explícita. Vou continuar com os projetos que eu já tenho e com novos projetos também.”

E o trabalho como ator? Vai ser abandonado? Estar no programa da Band e poder tocar os projetos na internet são satisfatórios? “Fiz muitos anos de terapia e ainda não consegui saber o que eu quero fazer. Porque falar com as pessoas sendo eu mesmo, dar a nossa opinião é muito gostoso. Atuar é um outro universo. É um negócio completamente diferente. As minhas últimas experiências com atuação foram em publicidade e cinema, que são linguagens muito parecidas. Quero continuar fazendo isso. Cinema e publicidade bacana. Já fiz muita publicidade ruim no início da carreira, ruim mesmo. Elenco de apoio, para não falar figuração...”.

Fonte: Tribuna da Bahia

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