Depois de uma semana de debates sobre as polêmicas declarações do deputado federal Jair Bolsonaro (PP/RJ) envolvendo a cantora Preta Gil, o programa "CQC", da "TV Bandeirantes", exibiu nesta segunda-feira outra entrevista do deputado para justificar as afirmações anteriores.
Bolsonaro pôde rever a pergunta feita e sua resposta dada no programa da semana passada. Ao ouvir o que respondeu à cantora, o deputado disse que "a resposta não se encaixa com a pergunta. Ou eu errei ou editaram". O repórter do "CQC", então, confirmou a veracidade da pergunta feita. Bolsonaro respondeu que se o filho se casasse com uma negra, "o problema é dele (do filho)". A pergunta feita por Preta no programa anterior era sobre a possibilidade do filho do deputado casar com uma negra. A resposta dada foi "Olha, eu não vou discutir promiscuidade contigo. Não corro esse risco, meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente de promiscuidade como o que lamentavelmente você vive".
No programa desta segunda-feira, o deputado disse que não gosta de Preta Gil e um dos motivos seria a cantora dizer na internet que aprova suruba. Para confirmar que não é racista, Bolsonaro mostrou uma foto de seu cunhado, afirmando que ele é negro. Sobre ter filho gay, o deputado disse que não tem "qualquer informação de que filho meu tenha comportamento homossexual". O repórter do "CQC" perguntou também se o deputado aceitaria se um gay quisesse votar nele nas eleições. Bolsonaro afirmou que "aí não tem problema nenhum. Voto é muito bem-vindo. Estão votando em um macho. Não querem votar em boiola".
Após a exibição da entrevista, o apresentador do "CQC" Marcelo Tas mostrou uma foto de sua filha e declarou que ela estuda Direito nos Estados Unidos, faz estágio na OEA (Organização dos Estados Americanos), é gay e tem muito orgulho dela.
No programa desta noite, o "CQC" mostrou também como foi feito o quadro com Bolsonaro. O telespectador pôde observar que antes da pergunta de Preta, um produtor do programa avisa ao deputado que a pergunta seria dela e, logo em seguida, ele escuta e responde, mostrando que não houve edição, como Bolsonaro chegou a sugerir.
Fonte: SRZD (Sidney Rezende)
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