sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Eles estão correndo atrás.. mas e nós?


"Eles estão à solta, mas nós estamos correndo atrás" - essa é uma das frases mais conhecidas do CQC, e é fato que os repórteres estão pegando no pé dos políticos. Mas e nós, os eleitores, o que estamos fazendo à respeito?
Sentar no sofá e ligar a tv toda segunda à noite para concordar com as críticas de Marcelo Tas, Rafinha Bastos, e Danilo Gentili, por exemplo, não significa fazer algo. Chegar no serviço ou na escola no outro dia, comentando que concorda com tudo aquilo que o programa diz, com as perguntas dos repórteres aos políticos, com as atitudes tomadas no "Proteste, Já".. tudo isso vai gerar um bate papo, discussão e etc,mas é aí que mora o problema. Enquanto os cidadãos acreditam que a televisão vai revolucionar, pelo simples fato de mostrar a realidade, ou de simplesmente agir, os mesmos se enganam. Ou seja, nós, acreditamos que as coisas podem mudar, ou então que somente a mídia pode tomar tais atitudes, e etc. Mas a situação é completamente contrária. A mídia pode possuir o poder da influência, porém, nada repercute mais do que uma população inteira se revoltando contra o seu governo e mostrando que o poder que está nas mãos desses canalhas, na realidade pertence ao povo.
Se o CQC vai lá e mostra que é possível mudar alguma coisa, por menor que seja, o povo deve acreditar nisso. Deve crer que não é uma câmera nas mãos que vai fazer aquilo mudar, mas sim, uma atitude legal, uma pesquisa antes do voto, o real interesse com a política, até porque muitos criticam, mas poucos fazem algo para que a situação se torne melhor. A maioria critica, mas não sabe ao menos em quem votou nas eleições passadas, e caso saiba, a escolha ocorreu de forma simples, apenas por "gosto", e não por qualidade - se é que isso é possível.
Antes de reivindicar seus direitos, cumpra com seus deveres. Não pense que o seu voto não vá fazer diferença.. muitas pessoas pensam assim, infelizmente. E mais do que isso, estimule as pessoas à deixarem de lado a "preguiça de pensar" e de AGIR.
E que um dia, possamos ouvir o Marcelo Tas dizer: "Eles ESTAVAM à solta, pois nós corremos atrás!"

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