quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A evolução da comunicação na carreira de Marcelo Tas


Quem vê Marcelo Tas hoje no papel de apresentador do CQC, não imagina que ele um dia esteve no lugar de Rafael Cortez, Felipe Andreoli, Danilo Gentili, Oscar Filho e até mesmo da novata Monica Iozzi, quando lá em 1983 interpretou o repórter Ernesto Varela, onde ele fazia perguntas a celebridades e políticos da época no mesmo estilo que vemos hoje. Com irreverência, acidez e é claro uma ousadia que para época beirava a coragem e a falta de juízo.

Os fãs mais novos lembram-se de Tas como professor Tiburcio, Telekid e em sua participação como apresentador do Vitrine e Saca-Rolhas, sendo este apresentado juntamente com Lobão e Mariana Weikert, mas só se lembram de Ernesto Varela os pais destes pequenos que hoje vêem Tas dando a cada semana uma verdadeira aula sobre comunicação e até podemos dizer que sobre política.

Professor Tiburcio é o meu personagem preferido, foi a primeira vez que vi Marcelo Tas e deve ser até por isso que ele é tão marcante para mim e acredito que para muita gente. Com seu Olá Classe, suas roupas um tanto inusitadas a uma criança e uma aparência um pouco assustadora, surgia de um fundo virtual e simplesmente encantava e prendia a atenção de um ser que estava ali começando a criar curiosidades e duvidas sobre o pequeno espaço que vivia.

Mas foi com um objeto rosa nas mãos que mais lembrava um telefone tijolão e o bordão ‘Por que sim não é resposta’ que até hoje dizemos quando nos respondem com o bendito por que sim, que Marcelo marcou no gosto e imaginário infantil, pois assim, surgiu Telekid que num castelo explicava assuntos que para uma criança eram meras curiosidades que seus pais muitas vezes por preguiça não respondiam.

Ficou alguns aninhos fora da TV e nesse tempo criou o Blog do Tas, o que é praticamente uma aula online de política, entretenimento e cultura. Sendo que na maioria das vezes, quando a agenda das diversas palestras que Marcelo Tas dá pelo país permite, se tornam aulas diárias e sempre com uma pitada de humor ácido que é desde a época de Varela a marca registrada de Tas.

Passaram se 5 anos, Marcelo Tas retorna, trajado em terno e gravata, com um ar que parecia ser sério, mas comandando um programa de humor que continha o DNA da década de 80, o DNA de Ernesto Varela.

O CQC, uma mistura ousada de humor com jornalismo, que cutucou a mente dos jovens, fazendo os criarem gosto pelo assunto política, tornando-os críticos e seguidores das filosofias que Marcelo Tas aplicava em seus comentários na bancada ao lado de Marco Luque e Rafinha Bastos, sempre em tom irônico e com um toque de genialidade.
Hoje Marcelo Tas já acrescentou no currículo a profissão de escritor, pois em novembro lançou seu primeiro livro intitulado ‘ Nunca Antes na história deste país’ e voltou ao publico infantil apresentando paralelamente com o CQC, o Plantão do Tas ao lado de Gabriela Mustafá e Marcos Oliveira, sem contar que é colunista da Revista Crescer e Isto é. Sendo uma relacionada ao sua experiência com os filhos e a outra sobre o twitter, local onde Tas interage com seus fãs diariamente.

27 anos de carreira, sete anos de experiência no mundo virtual e 3 anos no comando de um dos programas humorísticos de maior sucesso da TV, mas sempre afiado e ousado, enfrentando censuras legais e dizendo pra quem quiser saber, que a comunicação é falar, mas sobretudo, ouvir e que as crianças são a melhores escolas para os adultos entenderem essa nova era digital!

Eis a evolução da comunicação na carreira de Marcelo Tas. Do repórter ousado da ditadura aos dias de hoje, onde o humor é proibido na TV, mas que na internet não tem freios.

Fonte: Tas Maníacas

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