segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Agora pode. CQC comenta decisão do STF que liberou sátiras a candidatos

Os integrantes do CQC Marcelo Tas e Mônica Iozzi falam sobre a decisão da Justiça em "liberar o humor". Nesta quinta-feira (2/9), o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu em definitivo, por seis votos a três, o artigo da lei que proibia os programas de televisão e rádio de fazer sátiras com os candidatos nas eleições deste ano. No dia 27/8, o ministro Ayres Britto já havia concedido liminar, liberando as piadas com os políticos.

Como você se sentia durante a proibição das sátiras?
"Sentia que eu estava em 1975 (época da ditadura militar). Essa censura não coisa do século XXI".

Após o período de proibição, o clima voltou ao normal na produção do CQC?
“A censura provoca um trauma nas pessoas, prejudica o estado de espírito. Não só a equipe do CQC, mas todos os programas de humor vão ter dificuldades para saber o que fazer. Eu continuo receoso para fazer algumas perguntas".

O movimento "Humor sem censura" influenciou na decisão do STF em liberar as sátiras?
“Acredito que sim. E com esse manifesto, vejo no Brasil o quanto a sociedade é ‘bunda mole’. As pessoas reclamam, mas não fazem nada para mudar o que está errado”.

Qual a dificuldade que a proibição das sátiras lhe causou?
"No CQC é muito improviso. Com a proibição, além de driblar segurança e tudo, a gente tinha que pensar no que ia falar para não ir contra a lei. Agora, com a liberação, facilita nosso trabalho".

O que você não perguntaria antes que agora sente liberdade para perguntar?
"Esses candidatos que têm problemas com a Ficha Limpa, gostaria de falar com eles, e perguntar: você gosta tanto de burlar leis que conseguiu burlar mais essa?"

Está confiante para fazer piadas com os políticos?
"As pessoas esperam pelas nossas perguntas. Não posso ter nenhum receio agora. Tenho que pegar no ponto fraco. O que nos diferencia é isso".

Fonte: Comunique-se

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