MCQC: Esse texto está publicado no CQC Blog, nós gostamos dele porque mostra a realidade da atual situação da campanha eleitoral. Leia e veja se ele tem razão:
Texto de Alberto Murray
O CQC é o melhor programa da televisão aberta no Brasil. Mônica Iozzi é a musa da telinha. Fantástico ver um político malandro em palpos de aranha, com cara de bobo, tentando ser mais inteligente do que os seus sagazes entrevistadores.
O CQC, no quesito humor, só é superado pelo próprio horário eleitoral gratuito. O CQC faz graça refinada enquanto mostra a cara real das "personalidades" que dirigem o Brasil. Um excelente serviço prestado a todos nós.
Já o horário político, que pretende ser sério, escamoteia a verdade. Ou pelo menos tenta escamotear. Os pretendentes em ocupar cargos públicos falam de si como se fossem capazes de resolver as mazelas do seu Estado. Tipo: "Na Câmara Federal eu vou trazer mais verbas para a educação da minha cidade e região." Será que o sujeito sabe como vai fazer isso? Fico imaginando o possível futuro deputado indo bater na porta do ministro do planejamento e dizendo:"Tem verba aí para a minha cidade e região?".
O que torna o horário político uma comédia trágica não é somente o deboche escancarado de alguns candidatos. Acho que por trás do personagem do palhaço Tiririca (ele de novo!) deva existir um cidadão, uma pessoa que pensa alguma coisa. Mas ele prefere pedir votos sob o manto do personagem. Nunca vamos saber o que o pensa o homem e não o comediante Tiririca. É curioso ver que o candidato confia mais no personagem que criou para atrair o eleitor, do que nele próprio. Este é apenas um exemplo. Há vários outros que se escondem atrás de um tipo qualquer.
Alguns candidatos, percebe-se, não são debochados. Mas ainda assim são engraçados pela ingenuidade que transpassam. Gastam seus míseros segundos de televisão para dizer que "no Congresso Nacional vou resolver o problema das filas nos ambulatórios." Gostaría de perguntar como.
Mesmo com o Waldemar Costa Neto, o Genoíno e outros tipos fazendo cara de vestal, ainda acho que o pior de todos é o Maluf. Esse é imbatível. Quando se pensa que ele já deu o que tinha que dar, reinventa-se. Além de repetir toda a ladainho dos velhos tempos, ele desta vez posa como o "pai do pré sal." Fala da Paulipetro, que ele inventou quando foi governador de São Paulo, como se fosse o grande homem de visão que, há mais de vinte anos atrás, já havia farejado petróleo e gás nas profundezas abissais dos mares da Bacia de Santos. Assim como o Costa Neto não fala do mensalão, o Genoíno faz cara de paisagem sobre o caso do dinheiro na cueca, o Maluf pensa que ninguém sabe que a Paulipetro foi um dos maiores escândalos financeiros que São Paulo já enfrentou.
Esse tipo de político pode até ser pior que o Tiririca. Como disse, não sabemos que há por trás daquela roupa de Jeca Tatu New Wave. Assim, contra o Tiririca político temos preconceito. Contra os demais, é pós conceito mesmo, por tudo que já fizeram de ruim.
Ainda bem que nós temos o CQC, que de um jeito espirituoso, mostra-nos o homem, ou a mulher, que está atrás da fantasia.
Fonte: CQC Blog
Texto de Alberto Murray
O CQC é o melhor programa da televisão aberta no Brasil. Mônica Iozzi é a musa da telinha. Fantástico ver um político malandro em palpos de aranha, com cara de bobo, tentando ser mais inteligente do que os seus sagazes entrevistadores.
O CQC, no quesito humor, só é superado pelo próprio horário eleitoral gratuito. O CQC faz graça refinada enquanto mostra a cara real das "personalidades" que dirigem o Brasil. Um excelente serviço prestado a todos nós.
Já o horário político, que pretende ser sério, escamoteia a verdade. Ou pelo menos tenta escamotear. Os pretendentes em ocupar cargos públicos falam de si como se fossem capazes de resolver as mazelas do seu Estado. Tipo: "Na Câmara Federal eu vou trazer mais verbas para a educação da minha cidade e região." Será que o sujeito sabe como vai fazer isso? Fico imaginando o possível futuro deputado indo bater na porta do ministro do planejamento e dizendo:"Tem verba aí para a minha cidade e região?".
O que torna o horário político uma comédia trágica não é somente o deboche escancarado de alguns candidatos. Acho que por trás do personagem do palhaço Tiririca (ele de novo!) deva existir um cidadão, uma pessoa que pensa alguma coisa. Mas ele prefere pedir votos sob o manto do personagem. Nunca vamos saber o que o pensa o homem e não o comediante Tiririca. É curioso ver que o candidato confia mais no personagem que criou para atrair o eleitor, do que nele próprio. Este é apenas um exemplo. Há vários outros que se escondem atrás de um tipo qualquer.
Alguns candidatos, percebe-se, não são debochados. Mas ainda assim são engraçados pela ingenuidade que transpassam. Gastam seus míseros segundos de televisão para dizer que "no Congresso Nacional vou resolver o problema das filas nos ambulatórios." Gostaría de perguntar como.
Mesmo com o Waldemar Costa Neto, o Genoíno e outros tipos fazendo cara de vestal, ainda acho que o pior de todos é o Maluf. Esse é imbatível. Quando se pensa que ele já deu o que tinha que dar, reinventa-se. Além de repetir toda a ladainho dos velhos tempos, ele desta vez posa como o "pai do pré sal." Fala da Paulipetro, que ele inventou quando foi governador de São Paulo, como se fosse o grande homem de visão que, há mais de vinte anos atrás, já havia farejado petróleo e gás nas profundezas abissais dos mares da Bacia de Santos. Assim como o Costa Neto não fala do mensalão, o Genoíno faz cara de paisagem sobre o caso do dinheiro na cueca, o Maluf pensa que ninguém sabe que a Paulipetro foi um dos maiores escândalos financeiros que São Paulo já enfrentou.
Esse tipo de político pode até ser pior que o Tiririca. Como disse, não sabemos que há por trás daquela roupa de Jeca Tatu New Wave. Assim, contra o Tiririca político temos preconceito. Contra os demais, é pós conceito mesmo, por tudo que já fizeram de ruim.
Ainda bem que nós temos o CQC, que de um jeito espirituoso, mostra-nos o homem, ou a mulher, que está atrás da fantasia.
Fonte: CQC Blog
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